domingo, 2 de março de 2008

Ignóbio!

...Quando ele menos se deu conta ele estava ali deitado, ao lado daquele corpo estranho e íntimo, nada para ele fazia sentido a não ser as estrelas que se punham. Dois corpos e o imenso vazio, ele olhava para ela, que estava intacta angelical e dormindo. Teria se perguntado, no quê que ela estava pensando ou sonhando naquele instante? Sequer ela se mexia, sequer ela faz com que ele sinta algum sentimento por ela. Neste jogo de justificativa que ele está a fazer com sua mente introspectiva e viciada. ele se recorda do seu nome, da sua vida e da sua história. E ela faz parte dela, da sua vida da sua história e da sua imaginação, fraca e doentia. Até que ela acorda e levanta, não exige dele nenhum tipo de manifestação de carinho ou amor, pelo contrário ignora-o, ela o conhece melhor do que ele mesmo. Nunca se dando conta disso, eis que ele se deu conta, ela o conhece muito bem.
- Júlio, estou indo, qualquer coisa me liga.
- Mas você já vai? Tá tão cedo.
- O que que houve? Você tá bem?
Pergunta ela rindo.
Ele a olha fixamente nos olhos como nunca tivera feito antes, e diz:
-Tá tudo bem sim, só queria ficar um pouco mais ao seu lado, mas depois a gente se vê pode deixar q eu te ligo.
- Ok, vou esperar, não muito ansiosa, pq eu sei q esse seu "pode deixar q eu ligo" demora semanas. Tchau...!
-Tchau...!

Um comentário:

Henrique disse...

E ligou né? depois de várias semanas... hauhuahuhuhua