terça-feira, 31 de março de 2009

Estudantes Patéticos

Aluno de uma universidade publica da Baixada Fluminense, militante de um partido comunista qualquer pergunta à uma aluna que não milita em causas políticas partidárias:
- Você é focaultiana?
Ela ri entre dentes e gargalha por dentro, seus neurônios chegam a cair de tanto gargalhar e o responde:
-Não.
Ela não contente, conta a todo mundo e o taxam como ridículo.
Ele concorria a uma eleição babaca estudantil universitária, ele ganha a eleição.
Ela?
Ela continua não fazendo nada.
Ele?
Ele tenta coagir as pessoas intelectualmente
citando um monte de livros q diz ter lido...
Ela tem um blog e acha que escreve poesia.

segunda-feira, 30 de março de 2009

terça-feira, 24 de março de 2009

Minhas ho[n]ras

Morrer deve ser puro orgasmo,
eu que não sei do que falo,
me masturbo ensaiando suicídios.

Eu que antigamente tinha medo dessas coisas fúnebres.
Mudei de rumo, assim como também já fui virgem,
depois que deixei de ser vi que tudo era bobagem.

A gente não separa o antes do depois.

Ao menos comigo foi assim, com vc não sei caro leitor.
Mas não falo de terceiros neste blog.
Falo de mim, que nem falo tenho,
mas instituo nos meus desejos.
Ah, sei que sou tosca...mas me divirto,
entre mortes e agonias da vida.
[...]

domingo, 22 de março de 2009

Indigestão

Estou passando mal.
Pensei que era a sopa instantanea,
Mas acho que foi a mortadela.
Engraçado, logo eu, que já comi ovo estragado e nada me ofendeu.
Se eu soubesse reconhecer as folhas de boldo...
Eu só quero arrotar...
Coca-cola eu não vou tomar, é que eu sou contra o capitalismo.
Pakera-cola é ruim, tem gosto de antibiótico, tbm não sou tão nacionalista assim.
Será que eu consigo vomitar enfiando o dedo na goela?!
Eu vou vomitar pela janela, lá em baixo na calçada eu posso atingir alguém com o vomito.
Adoro o cheiro azedo das coisas!
[...]

quinta-feira, 5 de março de 2009

Roletas Vermelhas


Todos os dias quando eu entro ali, naquele coletivo,
antes de passar pela roleta vermelha,
eu fixo os olhos para dentro dele procurando
o melhor lugar na janela.
É estranho porque eu já conheço todas as paisagens.
Sei de cabo a rabo o que possivelmente eu vou ver.
As crianças sujas de barro brincando nas ruas.
Os adolescentes jogando futebol no campinho tipo várzea.
As outras crianças saindo da escola fazendo barulhos tipo umas maritacas loucas.
As senhorinhas indo para a igreja, com a bíblia de baixo do braço
Os tiozinhos sentados na birosca tomando cerveja.
Os mecânicos sujos de graxa...Ah os mecânicos!
E o Rio Sarupui, é o rio Sarapuí que me faz querer sentar na janela.
O pôr do sol, os seus raios banhando aquele imenso esgoto a céu aberto,
as casinhas feitas de tábuas na sua beira, faz até ele parecer belo, mas ele é belo.
Os patinhos sujos, parecem terem sido imersos no balde de graxa dos mecânicos, nadando.
A um fundo amarelo...Isso me faz querer sentar na janela.
Todos os dias é a mesma coisa, mas todos os dias eu consigo enxergar de forma diferente.
A noite eu faço o mesmo esforço para sentar na janela de novo, é que os pontos brilhantes
que ficam no alto dos morros...parecem refletir nas águas do Sarapuí.
A noite não se vê a sujeira dele, apenas o ar fétido que entra pelas janelas.
Mas mesmo assim é bonito, mesmo assim eu sento na janela.

terça-feira, 3 de março de 2009

Céu

***
Quando eu tinha uns 5 anos,
e olhava para o céu,
me sentia tão perdida naquela imensidão do universo.
Era tudo tão escuro.
Parecia que eu ensaiava a sensação de morte.
Era somente eu, a escuridão e a sensação de vazio e medo
Não conseguia fechar os olhos diante de tudo aquilo.
Também não conseguia perceber todas as outras sensações,
que circulavam ao meu redor.
Quando eu ia dormir, só via as estrelas.
Parecia que o quarto virava uma espécie de mausoléu.
Hoje eu continuo olhando para o céu,
é engraçado como a sensação de morte foi-se.
Ficou só a sensação da sensação.
Viva as estrelas, o medo e a morte.
VIVA!
***

Sapatos Marrons

Eu vi os sapatos marrons,
que andavam para frente.
Não me permitiam olhar para trás.
Para frente se anda,
...........................para
...............trás
........se
volta.
Vivo me perdendo e me confundindo,
mesmo assim insisto em saber no que acredito.
Não sinto nada sobre seus instintos.
Quando beijar-me o ouvido,
só desejo-lhe,
que esteja cheio de cera,
para te amargar o fígado.