quarta-feira, 14 de maio de 2008

Antítese Amorosa!

Eu sou o contrário de mim
Tenho aversão ao que me repele e ao que me atrai
Existo para ter o que eu quero
E o que eu quero é quere-lo
E se eu quero, eu tenho
Do meu jeito, modo e circunstância
Não brinca comigo meu bem
Sou de touro com ascendente em leão
Tenho fogo e terra nas mãos
Se eu te amo também te odeio
Tenho a razão na mão
Coração no lado esquerdo do peito
O meu lichir é seu veneno
Morra querido, que farei para ti um belo enterro!

domingo, 11 de maio de 2008

NADA MAIS




Não sei mais...
É de carne e de vontade
O saber já não mais me abate
Me bate na face o desespero
De descompreender,
O compreensível,
De forma incompreendida.
Não tenho vocação para me importar
Não me sinto a vontade neste tal lugar.
Não preciso a todo instante falar,
O que me importa é poder sempre rimar
Rimo, sem rima métrica,
Sem classe de poeta.
Despeço-me da velha senhora
Que a pouco foi-se embora
Ela sempre tão neurótica
Me faz abandonar o medo.
Eu perdi meus segredos
Esqueci de calar os dedos
Sem saber que era só eu e o teclado e todo mundo.
Mudo muda, calada de angustia
Que sufoca minha escuta interior
Não sei mais rimar
Vou por aqui parar
Antes que as coisas saiam do lugar.


•Nyh!-Angel•

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Incógnita


És anjo tentador que beira a perdição
Não sei se tens nome mas creio ser um anjo pagão
Acredito ser filho de Pitágoras ou Galileu
Talvez seja filho de minha imaginação
Brinca de me olhar e me intimida
És mais anjo que eu
Seus cachos me invadem e não sei se serás meu
Incendeia com sua fumaça o meu imaginário
Nos meus sonhos penetras, sem se importar com o cenário.
Paixão inocente, platónica que me satisfaz
És diferente de todos os rapazes
Me encanta seus passos, solitário, pelas rampas
Te espero, só para ter um olhar a cada semana
Quarta feira te verei e só quero renovar minhas lembranças
Querubim não és mais, mas fez nascer a criança que adormecia em mim
Não preciso nem te tocar apenas te ver já tá bom para mim!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

FELICIDADE

VOU ESPERAR MEU AMOR
NA JANELA DO ABISMO
QUANDO EU O ENCONTRAR
IREI ME LANÇAR
NÃO QUERO SOMBRA
NÃO QUERO SILÊNCIO
QUERO A BRISA DO VENTO
UM CHÃO ONDE HÁ ECLIPSE
ONDE O SOL E A LUA NÃO EXISTEM
QUERO A FRAQUEZA DOS TOLOS
O CONSUMO DOS BABACAS
A ESQUISITISSE DOS IDOLATRAS
VOU DAR UM ADEUS A FRIEZA
ESQUECER A BAIXEZA
VOU SER RAINHA E PRINCESA
VOU LARGAR O CIGARRO
QUEIMAR O EMBAÇO
EMBALAR O LIRISMO
COMER FOLHAS DE SETICISMO
PASSAR A CRER NO INVISÍVEL
ENFIM VOU SER FELIZ!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Dogma

Eu posso tocar o primeiro céu com 3 acordes
E quem vai me dizer que eu to errada?
Eles dizem ter espírito,
Eu tenho alma.
Eles obedecem um escravocrata
Eu obedeço meus desejos.
Eles dizem ter os pés em chamas
Eu tenho desejos em brasas
O que é mais sincero?
A minha auto gestão?
Ou a sua falsa submissão?
Eu grito...
Eu me livro...
Eu amo...
Eu odeio...
E quem vai me dizer que eu sou a errada?
Não to ouvindo o mesmo som, do mesmo acorde
O que eu posso fazer?
Correr?
Que nada eu quero ficar e ver.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Poesia Desconexa

Poesias são para os fracos
Que pensam refugiar-se
Nas palavras desconexas
Desconectam o sentido.

Teorias Livrescas

Com os relacionamentos não aprendi nada
Só com os livros que li
Me reinvento, me viro do avesso
Me penaliso com sua lástima do fim
Mas findado está.
Me dói, cada nota de DÒ dessa canção q ouço
quando me faz te ouvir, cortam meus olhos.
Não há lágrimas em mim,
Há apenas compaixão que sem paixão
Só age por razão.
Não há niilismo,
Não há lirismo.
Não há versos na suas palavras
Há tudo menos poesia,
Poesia que meus olhos se recusam a enxergar.
Cego, não há amor em mim,
Só teorias e conspirações!

sábado, 3 de maio de 2008

Necessára Insistência

Que necessidade é essa?
Que me contesta,
se manifesta no momento solitário.
Não faz sentido, se eu insisto.
Na sua insistência em me querer,
Tenta me convencer que és o melhor para mim.
Não percebeu que sou uma pessoa má,
não sirvo para ser par.
Mas necessito da necessidade ilusionária,
quem me sufoca e me afaga.
Me conserta e me testa,
me lança e me puxa.
Se me beija não me tenta, mas me tenta em tentar.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

No alto do morro:
há uma igreja,
há um Deus,
há um pão.

No centro desse lugar
É onde eu quero me encontrar
Já perdi as contas de contar
Quantos meninos vi passar
Pedindo esmolas a turvar
A imagem linda que tinha desse lugar.

No baixo do morro:
há uma praia,
há um túnel,
há um metrô.

Que separa a distância
Que domina a instância
Me mantendo, me envolvendo
[.........]