sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sangue feminino.





Dizem que o que escrevo não é arte, pois em meu embate há muito sangue sendo bombeado. Talvez sim. Seja mesmo sangue desperdiçado, que jorra entusiasmado, apenas com vontade e por vontade de sujar-te. Não, não necessariamente vai atingir-te...pois a fraqueza das palavras existe, junto com a autora também coincide. Essa aqui que vos escreve tem muito sangue ainda para desperdiçar. Se a arte está na morte...que um dia eu me reporte ao recôncavo da mão que leva a foice. Talvez. Mas não me encanto por esses lances, gosto mais de exalar suor, frio e gelado depois de uma noite de cansaço, para ver se me atenho ao que sou. Pura vaidade, disritmia, construção sem milimetria. Coisas da minha alma não tão feminina!
Se não te sujo, peço-lhe desculpa pelo tempo desperdiçado...mas meu sangue continuará a ser jorrado.



2 comentários:

Henrique disse...

nem ligo pro seu sangue... palavras não doem e ainda mais quando o corte é poético. Tá sangrando nada! hquhquhquuhu

Cadinho RoCo disse...

Maravilhosa a performance do seu sangue jorrado ao dizer que me deixa afogado encantado. Se é ou deixa de ser arte que fique a contenda por conta dos implicantes artistas de outro contexto.
Cadinho RoCo